
Não iniciei esta leitura com
grandes expectativas, porque as opiniões que tinha visto não eram muito
favoráveis.
De facto, existiam os ingredientes para um bom romance: as
paisagens dos vinhedos e os aromas dos vinhos e das ervas francesas, o mistério
do passado ligado a duas famílias desconhecidas, o amor a florescer… mas, na
verdade, houve qualquer coisa na forma como a história foi contada que não me
fez devorar o livro. Nem as descrições da vida rural duma pequena aldeia
francesa, com as suas paisagens luxuriantes e os aromas que por norma me fazem
sonhar e viajar entre páginas, me cativaram por aí além.
O que para mim não
funcionou: a autora apresenta-nos, numa primeira parte, a história de Melanie.
Estava a gostar bastante e, de repente, surge uma outra história, a de Honor.
Mas eu queria era ler sobre a outra história e foi por pouco que não passei
adiante para acompanhar a vida de Melanie, de seguida. Ou seja, desta forma,
Honor para mim foi desinteressante e quase um suplício. Se a autora fosse
contando a história em simultâneo penso que a forma como “agarrei” o livro teria
sido diferente.
Melanie estuda na Califórnia para ser, um dia, uma
vinicultora. Aprende com os mestres e sente-se realizada. A sua estrutura
familiar são os avós, que a criaram desde pequena. Ainda que tenham sido as
circunstâncias da vida, ela não consegue esquecer que foi criada longe da mãe e
que esta agora tem uma família feliz, da qual Melanie não sente que faz parte.
Igor, o padrasto, é um aficionado por vinhos raros e tem uma relação complicada
com Melanie. No entanto, vão unir-se de uma forma que gostei bastante.
Honor
é indecisa e inconstante. Um pouco perdida em Londres, vai viver com o namorado
para França, num lugarejo chamado Astignac, que parece tirado de um cenário de
encantar. Mas cedo se apercebe que, mais uma vez, não é aquilo que deseja. Hugo
passa a vida a viajar em negócios e ela sente-se sozinha e insegura. Acaba por
voltar para Londres e agarra uma oportunidade no mundo artístico.
Por força
do destino, estas duas jovens encontram-se, já perto do fim do livro e aí
acontece tudo de uma vez. Senti que estive a ler quase trezentas páginas em que
pouco ou nada de interessante aconteceu e, depois, acontece tudo num ápice.
Achei um pouco forçado.
Gostei particularmente de Poppa, o avô de Melanie. É
ele que traz à história alguma doçura, meiguice, na relação com a neta e o
mistério da história, envolvido em memórias da Segunda Guerra Mundial. Gostei da
parte das falsificações de vinhos raros (e caríssimos). Pelo menos, apimentou um
pouco a história e deu-nos a conhecer um pouco desse mundo dos
coleccionadores
. Achei também interessante ficar a conhecer um pouco mais da produção de
vinhos. No entanto, foi numa fase do livro pouco cativante para mim, pelo que
não apreciei completamente.
De facto, existiam os ingredientes para um bom romance: as paisagens dos vinhedos e os aromas dos vinhos e das ervas francesas, o mistério do passado ligado a duas famílias desconhecidas, o amor a florescer… mas, na verdade, houve qualquer coisa na forma como a história foi contada que não me fez devorar o livro. Nem as descrições da vida rural duma pequena aldeia francesa, com as suas paisagens luxuriantes e os aromas que por norma me fazem sonhar e viajar entre páginas, me cativaram por aí além.
O que para mim não funcionou: a autora apresenta-nos, numa primeira parte, a história de Melanie. Estava a gostar bastante e, de repente, surge uma outra história, a de Honor. Mas eu queria era ler sobre a outra história e foi por pouco que não passei adiante para acompanhar a vida de Melanie, de seguida. Ou seja, desta forma, Honor para mim foi desinteressante e quase um suplício. Se a autora fosse contando a história em simultâneo penso que a forma como “agarrei” o livro teria sido diferente.
Melanie estuda na Califórnia para ser, um dia, uma vinicultora. Aprende com os mestres e sente-se realizada. A sua estrutura familiar são os avós, que a criaram desde pequena. Ainda que tenham sido as circunstâncias da vida, ela não consegue esquecer que foi criada longe da mãe e que esta agora tem uma família feliz, da qual Melanie não sente que faz parte. Igor, o padrasto, é um aficionado por vinhos raros e tem uma relação complicada com Melanie. No entanto, vão unir-se de uma forma que gostei bastante.
Honor é indecisa e inconstante. Um pouco perdida em Londres, vai viver com o namorado para França, num lugarejo chamado Astignac, que parece tirado de um cenário de encantar. Mas cedo se apercebe que, mais uma vez, não é aquilo que deseja. Hugo passa a vida a viajar em negócios e ela sente-se sozinha e insegura. Acaba por voltar para Londres e agarra uma oportunidade no mundo artístico.
Por força do destino, estas duas jovens encontram-se, já perto do fim do livro e aí acontece tudo de uma vez. Senti que estive a ler quase trezentas páginas em que pouco ou nada de interessante aconteceu e, depois, acontece tudo num ápice. Achei um pouco forçado.
Gostei particularmente de Poppa, o avô de Melanie. É ele que traz à história alguma doçura, meiguice, na relação com a neta e o mistério da história, envolvido em memórias da Segunda Guerra Mundial. Gostei da parte das falsificações de vinhos raros (e caríssimos). Pelo menos, apimentou um pouco a história e deu-nos a conhecer um pouco desse mundo dos coleccionadores . Achei também interessante ficar a conhecer um pouco mais da produção de vinhos. No entanto, foi numa fase do livro pouco cativante para mim, pelo que não apreciei completamente.