Um casamento devia ser sinal de felicidade e sorrisos de orelha a orelha. Mas no caso de Debbie, a preparação do seu casamento com Bryan trouxe ao de cima todos os problemas familiares que surgiram com a separação dos pais, quando ainda era pequena. Debbie nunca ultrapassou o “abandono” e foi rejeitando o pai ao longo dos anos, culminando agora na recusa de o ter no seu casamento, assim como à sua “nova” família: a workaholic Aimee e a filha Melissa, meia-irmã de Debbie.
O estado de nervos que o planeamento obriga traz ao de cima pequenas quezílias que se transformam em situações de grande nervosismo e stress. Apesar de apaziguadora, Connie, a mãe de Debbie, não consegue controlar a fúria da filha e atravessa ela própria a crise da “meia-idade”, analisando a sua vida e as suas escolhas.
O livro gira à volta deste tema mas explora outros, como por exemplo, a conflituosa chefe de Debbie, que parece que lhe quer fazer a vida negra. No entanto a chefe ressentida e amarga esconde uma vida emocional de sacrifício e de perda. Apenas o leitor consegue ver as duas facetas da vida de Judith e fazer a sua própria avaliação. Neste ponto, fiquei impressionada e até curiosa com os acontecimentos que surgirão na vida de Judith no próximo livro de autora e que será a continuação desta história.
Além da vida de Judith, outras histórias paralelas se desenrolam e dão vida a este romance. A relação do pai de Debbie com a Aimee; a relação de Melissa com a irmã Debbie e a própria relação dos noivos que sofre também alguns abanões e Connie que se divide entre a sua vida e as oportunidades que a vida lhe concede e as questões familiares, nomeadamente Bryan não ser o genro que escolheria ou as atitudes que não compreende da filha.
É uma história leve que se lê com facilidade. No entanto penso que o livro é excessivamente grande para a história que encerra e daí considerar que há questões que são repetitivas e desnecessárias. Fora isso é uma leitura agradável.
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