terça-feira, 24 de julho de 2012

Leituras 2012 # 37



Não sabia muito bem o que esperar deste livro. A comparação ao Romeu e Julieta, que aparece na capa do livro despertou a minha curiosidade. Confesso que achei que iria ser uma daquelas leituras medianas, que não nos satisfazem a cem por cento, mas também não desagradam. Mas, e ainda bem, foi uma agradável surpresa e uma leitura compulsiva.
É impossível não nos afligirmos pelo drama de Amelia e Anthony. Damos por nós a torcer por eles, com unhas e dentes. Por outro lado, temos vontade de estrangular o pai de Amélia.
Harlan é um pai conservador e que já decidiu o futuro da filha, independentemente dos desejos da filha. Mas Amelia quer seguir o seu apelo anterior, dedicar-se às artes e seguir para Nova Iorque. Com Anthony.
Enquanto não fazem os dezoito anos, eles namoram em segredo, tendo todo o cuidado para ninguém suspeitar desta relação. Mas um pequeno descuido deita tudo a perder e todos os esforços foram em vão…
Harlan, quando descobre este segredo, da pior forma, move mundos e fundos para acusar Anthony, sem parar para ouvir a filha, e cego de vingança, quer ir até às últimas consequências para colocar Anthony atrás das grades.
Toda a emoção da fuga do casal, da aventura que será para todos os envolvidos, desde o preço policial até ao tribunal, passando pela fuga, faz-nos devorar o livro em menos de nada! A autora dá-nos ainda o bónus do suspense e da perspicácia de Anthony, uma surpresa mesmo no final…

Uma leitura que recomendo vivamente!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Leituras 2012 # 36



Confirma-se que Anita Notaro tem o dom da escrita. Torna a leitura viciante e “Há Sempre Um Amanhã” é devorado sem darmos por isso.
A morte de Alison, irmã gémea de Lily, abalou-me. A descrição é tão bem feita, que nos imaginamos no meio daquele mar e sentimos o terror invadir-nos. E este acontecimento é apenas o início. Muito há a descobrir.
Lily vê-se a braços com o sobrinho pequeno, para quem irá ser agora uma mãe, mas para ela é muito mais do que isso. Alison era o seu pilar, a sua âncora. Considerei que a autora explorou muito bem esta relação entre as irmãs. Mexeu comigo por eu própria ser um pouco como a Lily e ter a minha Alison presente é das melhores coisas da minha vida.
A nossa protagonista vai sentir a sua vida dar uma grande volta, muitas vezes, durante os meses seguintes. À medida que se vai inteirando da vida e dos negócios da irmã, sentimentos contraditórios vão emergindo, como potenciais destabilizadores de uma relação que ela considerava pura e intocável. As descobertas que faz, quer em relação à própria família, por exemplo com o pai ou a tia Milly, quer em relação às amizades que ela desconhecia que a irmã tinha. Quando achava que não havia segredos entre elas…
O percurso que Ally vai percorrer não só lhe permite conhecer-se melhor a si própria como aos outros que a rodeiam. Nesse processo, Anita Notaro oferece-nos histórias hilariantes, momentos deliciosos que nos aquecem o coração.
Adorei acompanhar o “crescimento” de Lily, a sua relação com o pequeno Charlie e a tia Milly. A curiosidade em descobrir quem é o pai de Charlie também foi crescendo e adorei a forma como a autora elaborou esta parte da história.
Com os personagens masculinos, confesso que por vezes me baralhava com os nomes e com as suas histórias. Mas apreciei as suas pequenas histórias, quase como se fossem pequenos contos, dentro da narrativa, com Alison como elo de ligação.
Recomendo esta leitura e Anita Notaro é uma autora que, decididamente, vou seguir.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Livros 2012 # 35


Tinha imensa curiosidade em ler este livro. Li excelentes críticas e apesar do receio em relação à forma como o livro nos é apresentado - formato de cartas - tinha grandes expectativas. E as expectativas foram superadas. Adorei a história, o enredo e os personagens. A forma da escrita até fez com que quisesse devorar  livro, para saber as respostas das cartas, pois são elas que desenvolvem a história. No fim do livro fiquei com a sensação que os personagens eram meus conhecidos, tal como foi a forma que as autoras os desenvolveram. E fiquei a conhecer um pouco melhor a Ilha de Guernsey e toda a história de privação que a Ilha sofreu com a ocupação alemã durante a II Guerra Mundial.
Enquanto procura um tema para o seu novo livro, Juliet depara-se com a possibilidade de conhecer um pouco melhor os habitantes da Ilha de Guernsey e a "famosa" Sociedade Literária da Tarte Casca de Batata, e não olha para trás. Inicia correspondência com vários habitantes da Ilha e depara-se com uma nova realidade que servirá de base para o seu livro. Sendo os livros uma paixão comum entre todos os personagens deste livro, é impossível não gostar desta narrativa.
No desenrolar da narrativa Juliet muda-se para Guernsey para fazer a sua pesquisa e vamos tendo conhecimento das novidades que Juliet escreve aos seus amigos  e ao seu editor de Londres  e que descrevem os factos actuais, assim como as privações e dificuldades que vai tendo conhecimento e que surgiram durante a Guerra. A vertente histórica apaixonou-me e confirmei uma vez mais que aprecio imenso os livros que relatam essa época. 
A Sociedade tinha características deliciosas e Juliet não lhe foi indiferente. Recebeu toda a informação que lhe foi fornecida e foi criando laços com todos os intervenientes de uma forma que não julgava ser possível.
Adorei o livro e recomendo a sua leitura.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Livros 2012 # 34


O único livro que li até ao momento, do autor, foi o Marina e confesso que me desiludiu. Com uma certa dúvida que peguei no Príncipe da Neblina. Dúvida essa que se dissipou logo no Prólogo: o autor envolveu-me na magia das suas palavras desde a primeira página.
O livro é pequeno e a narrativa interessante o suficiente para nos fazer ler de um folego as 208 páginas.
A partir do momento em que max e  sua família se mudam para uma casa, junto à praia, na costa sul de Inglaterra, o destino deles irá alterar-se para sempre. Uma série de acontecimentos suscitam a curiosidade de Max e da sua irmã, Alicia, que juntamente com o novo amigo, Roland irão descobrir um enigma que surgiu à muitos anos atrás, envolto na neblina, quando o avô de Roland, Kray, descobre que todos os desejos têm um preço e que uma promessa é para ser cumprida. Os mecanismos estão em acção e nada poderá deter o Príncipe da Neblina.
O autor escreve de forma inteligente e faz-nos ficar em suspense e sentir calafrios. As descrições e toda a acção é simples mas envolvente, a imaginação flutua nos locais descritos por Zafón e rapidamente chegamos à última página, ansiando por mais.