sexta-feira, 29 de junho de 2012

Livros 2012 # 33


Foi com grande expectativa que iniciei esta leitura. O cenário era improvável e a sinopse deixou-me bastante curiosa: um mundo de magia e ilusão, onde acompanhamos uma competição entre dois mágicos que se apaixonam, mas, tal como a vida, "the show must go on".
Este é o primeiro livro de Erin Morgenstern e foi uma estreia absolutamente mágica. A autora envolve-nos em tendas deslumbrantes e espevita-nos a curiosidade com truques e situações improváveis e originais que nos fazem quase viver a experiência como sendo real. A capa do livro está belissíma e o interior do livro envolve-nos na magia dos cenários com estrelas e pormenores que demarcam as diferentes fases da narrativa.

A acção desenvolve-se ao longo de vários anos e acompanha o crescimento de Célia e Marco, duas crianças que não se conhecem mas que estão destinadas a um desafio em que apenas um deles vencerá. Ao longo dos anos vamos acompanhando o circo nas suas deslocações por vários países e vamos saboreando cada momento até Célia e Marco se conhecerem e perceberem que são adversários. No entanto, além de adversário num jogo que não pediram para jogar, eles vão ser também amantes, pois não conseguem fugir da atracção e do amor que os une, assim como do Jogo.
Além dessa história que podemos considerar a principal, as restantes personagens são um deleite. A autora encontrou, em cada uma delas, particularidades que as enalteceram, quer pela sua personalidade ou habilidade ou ainda pelo ar misterioso com quem evolviam a trama. Adorei os gémeos e o Bailey. A forma como estes três personagens crescem e se desenvolvem é fascinante.

É impossível não nos deixarmos envolver em tamanha beleza e fantasia. A autora foi mestre nas descrições e em nos transportar para o Circo dos Sonhos, para aquelas tendas dentro de tendas, os caminhos sinuosos, para as salas que mudam de lugar, para aqueles cenários que vemos mas que não são reais, para a Árvore dos Desejos, para o Relógio, para a fogueira de todas as cores. As descrições são sem dúvida o ponto chave deste livro. Senti-me maravilhada com as capacidades artísticas dos personagens e com a visita guiada que a autora nos vai oferecendo ao longo do livro.

No entanto, nem tudo é controlável. O desafio traz consigo poderes inimagináveis e as consequências podem ser desastrosas, para todos os envolvidos no circo e que não têm ideia do que está a acontecer. Apesar desse desconhecimento, o papel de cada um deles é fundamental para o circo poder continuar. 
Para uma estreia, Erin Morgenstern foi soberba. Não considero o romance entre Célia e Marco o que mais me seduziu na leitura, mas antes todo o encantamento que a autora nos transmite, quase como se pudessemos viver todos os sentimentos contraditórios que a magia proporciona. 

Confesso que gostaria de ter saboreado este livro com mais calma, dava por mim a sentir que a história não avançava e confesso que se não fosse a escrita descritiva maravilhosa da autora, o ponto fulcral do Desafio entre Célia e Marco, não me iria satisfazer. Penso que esse ponto podia ter sido mais explorado para que o leitor ficasse mais esclarecido. 
Deixem-se levar pela magia, leiam este livro.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

100 Livros















O meu desafio inicial para este ano eram 100 livros. Esse objectivo foi atingido a meio do ano!
Parabéns para mim ;)
Aumentei o desafio para 125 livros porque sei que no segundo semestre vou ler menos...ainda assim, é capaz de dar para aumentar mais um bocadinho!! :)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Livros 2012 # 32


À uns anos que não lia nada deste género e daí decidi voltar a este tipo de leitura. Por norma, tende a ser forte, com factos verídicos impressionantes e que nos deixam frustrados e de certa forma zangados por, na actualidade, ainda existirem realidades como as que nos são descritas e ninguém fazer nada de válido para alterar as brutalidades exercidades em milhares de mulheres e a inexistência de direitos humanos para o sexo feminino, em determinados países.
Sultana relata-nos essa angústia, essa frustração de não poder fazer nada e no seu caso, a assistir a este drama diáriamente. O facto de pertencer à realeza poderá aligeirar um pouco as coisas, mas as mulheres não serão mais importantes aos olhos dos homens, por serem princesas. Simplesmente têm mais luxos, mas quando em comparação se fala de dignidade humana, o luxo já não tem o mesmo valor.
Jean Sasson dá a voz a Sultana e é-nos relatada a sua vida, desde a infância até à idade adulta, a par com os valores, a religião e o modo de vida na Arábia Saudita.
Sultana é um espírito rebelde, que nunca cruzará os braços ás atrocidades cometidas no seu país, mesmo sabendo que denunciando esses factos ao mundo, o efeito pouco altera o dia a dia das mulheres sauditas.
Mesmo tendo tido sorte casando com um jovem do seu agrado e tendo tido filhos que pôde educar, Sultana unca foi uma mulher submissa ou amedrontada pelo poder dos homens. Ela foi sempre uma lutadora, mesmo quando o seu castigo poderia ser a pena de morte (nomeadamente quando descreve que a família descobriu que tinha escrito este livro de memórias, contando tudo sobre a sua vida e a realeza saudita).
Penso que o livro peca pelo excessivo volume. A certa altura, não havendo grande desenvolvimento pois trata-se do relato de factos reais, a leitura começa a parecer-nos repetitiva, assim como o ponto de vista de Sultana. Entendo a necessidade de mostrar ao mundo a desigualdade entre os sexos e os crimes cometidos contra as mulheres e muitas vezes desculpados com o argumento do Profeta e do Corão, no entanto no fim já estava um pouco saturada.
Além disso o livro divide-se em três momentos distintos, sendo que por exemplo no segundo são referidos momentos do primeiro, pelo que dá quase a sensação que seriam três livros distintos, aglomerados em apenas um. E ler "três livros" seguidos, deste género literário, não é fácil.
Recomendo esta leitura, de preferência intercalando com outras temáticas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Livros 2012 # 31


Confesso que iniciei a leitura deste livro um pouco hesitante. Ainda que tenho lido todos os livros de Elizabeth Edmondson, editados em Portugal, e tenha uma opinião bastante favorável da autora, essa hesitação prendeu-se com o receio de o livro ser dentro do género do Uma Mansão na Bruma, também desta autora, que foi o que menos apreciei.
No entanto o livro revelou-se uma enorme surpresa e ainda que tenha terminado a leitura a considerar que não eram necessárias tantas páginas, pois certas partes da narrativa tornaram-se demasiado extensas, a conclusão a que chego é que foi uma leitura que se acabou por se tornar positiva e bastante interessante.
O livro começa com a acção que será retomada mais para o fim e nesse interlúdio temos a todo o desenvolvimento da história e da amizade entre Claudia, Vee e Lally.
A autora explora a Segunda Guerra Mundial e o Movimento Feminista na velha Inglaterra. As três amigas irão estudar para a Universidade em Oxford, o que aos olhos de muitos, foi visto como desnecessário e até ridículo, visto que as senhoras deveriam casar e cuidar dos filhos.
A autora concentra então a acção nos círculos da Universidade: nos grupos políticos, nas actividades ilícitas protagonizadas pelos estudantes, nas divergências que esta época que antecedeu a guerra fazia antever. A par desse cenário podemos também presenciar as festas em Londres e os encontros no Norte.
Adorei a personagem de Miss Claudia. Arrojada para a época, sabe desenvencilhar-se sozinha e a única coisa que a trava é a paixão que sente pelo professor Petrus. Já Vee não o suporta e faz tudo para o afastar do seu caminho, preferindo a companhia de Alfred, socialista determinado e disposto a lutar pelos seus ideais. Claudia torna-se defensora do fascismo de da corrente de Hitler, mudando-se para Berlim. Mas acabará por ver que afinal o fascismo não é bem o que pensava. Será demasiado tarde para voltar atrás? E como vai ela parar a Lisboa, encontrando aí as suas amigas da Universidade?
Hugh é o irmão de Vee, o qual é companheiro de Gilles. A irmã só descobre que Hugh é homossexual quando ingressa em Oxford. Sendo uma situação chocante para a época, Vee não consegue encarar esta situação de forma natural. Então, porque acabará Vee por casar com Gilles? E o que fará Hugh em terras espanholas durante a Guerra Civil?
A autora revelou-nos, de forma interessante, um pouco de História.  Numa altura em que populavam O Capitalismo, o Fascismo e o Comunismo, vão cruzar-se histórias que nos vão fazer devorar este livro e que incluem espiões, Embaixadas, mortes e ameaças e uma viagem final para a India, a bordo do Glorianna, onde todos os mistérios se irão revelar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Livros 2012 # 30



Andava ansiosa para ler este livro. A sinopse deixou-me bastante curiosa e, além disso, nunca tinha lido nada da autora. Achei que o enredo andaria em torno de Maggie e dos motivos que a levaram a querer cometer suicídio, dando-nos a conhecer a sua história.

Mas o livro é bem mais do que isso, é-nos dada a conhecer a juventude de Maggie, onde o concurso a Miss América é uma parte marcante da sua vida, e depois a sua entrada na Imobiliária, onde se transformará na melhor vendedora de casas da cidade. Ainda assim ela decide que já não faz sentido viver, então elabora uma lista com os prós e os contras dessa decisão. Mas à medida que essa decisão vai sendo adiada, por vários motivos, essa lista vai sendo alterada.
Gostei principalmente do “drama” das empresas imobiliárias e do “confronto” entre as vendedoras e além disso, da história da casa que Maggie sempre amou desde criança. A casa no cimo da colina tem uma história maravilhosa por trás, que nos irá sendo revelada aos poucos e que nos delicia no final.
Entre os escravos escoceses, a magia das lendas, paixões de adolescência, a dona da empresa imobiliária que tem uma história de afirmação e determinação, o dia-a-dia de Maggie e das amigas com quem trabalha, o livro desenvolve-se à velocidade da luz. O conteúdo da narrativa foi mais surpreendente do que eu esperava, pela diversão de conteúdos e pelo humor da autora em relação a determinados assuntos.
Uma leitura que recomendo!
Disponível aqui no blog!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Novidades Fresquinhas!!











Disponíveis em breve!! Reserva já!!

Livros 2012 # 29



Mais uma vez Dorothy Koomson escolhe um tem bombástico - a prostituição -  e contrói um livro absolutamente maravilhoso!
Até agora a autora não me desilude e este "O outro amor da vida dele" foi um bálsamo para mim. Escrito de forma inteligente, que nos faz querer devorar o livro para saber o final.
Libby teve uma vida difícil desde que se lembra. Conhecer Jack foi a melhor coisa que lhe aconteceu na vida. Quando decidem casar em segredo, unem as suas vidas para sempre. Mas como irá Libby ultrapassar o facto da ex-mulher de Jack ter morrido, quando o próprio não o faz. Será que ao não falar em Eve, Jack esconde alguma coisa?
As histórias familiares, os segredos escondidos, o passado de Libby e a vida de Jack e Eve sã alguns dos temas quentes que envolvem este magnífico livro!
Uma leitura que não podem perder!


Disponível aqui no blog!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Leituras 2012 # 28



Se não é o melhor livro do ano como é referido na capa, deve ficar entre os melhores. Este livro apaixonou-me, tanto pela vertente histórica, tão bem descrita e relatada, como pelas personagens e o seu percurso.
O simbolismo do Hotel Panama e aquilo que ele representa no passado e no futuro das nossas personagens, é explorado de uma forma perfeita pelo autor e a forma como entrelaça os acontecimentos passados com o que está para vir, faz-nos devorar o livro em menos de nada.
A história de Henry e de Keiko faz-nos reflectir nas nossas próprias escolhas pessoais e nas consequências destas, que poderão determinar o curso de uma vida.
Apesar de Keiko ter nascido nos EUA, a sua ascendência japonesa condena-a, assim como à sua família, a abandonar a sua casa e a sua vida, rumo a um campo de concentração e a um destino incerto. Para trás fica o seu amigo chinês, nascido nos EUA, Henry. Esta amizade perdurou através de cartas trocadas entre os dois adolescentes. No entanto, quando o tempo foi passando e as cartas escasseando, a força de vontade e o amor de Henry foram perdendo as forças e o futuro dos dois alterou-se irremediavelmen te. Mas terá sido o destino que assim quis? E será que quarenta anos serão suficientes para apagar o sentimento puro que os uniu?
Adorei a forma como o autor explorou o ambiente da altura, a cultura jazz, os confrontos da Guerra, a forma como todo o cenário alterou a vida de milhares de pessoas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Leituras de Maio

Maio:

69 - Coisas do Coração - Emily Giffin
70 - Os Segredos dos Outros - Louise Candlish
71 - Alguém Como Tu – Cathy Kelly
72 - A Última Noite no Chateau Marmont –L Weisberger
73 - Uma Mulher de Sonho – Fern Michaels
74 - Segredos do Passado – Mary Nickson
75- Paixões à Solta - Jill Mansell
76 - Cartas da Toscana – Domenica de Rosa
77 - Nunca Te Esqueci – Michael Baron
78 - A Montanha Entre Nós – Charles Martin
79 - Estarás Sempre Comigo – Anna MacPartlin
80 - O Sorriso das Mulheres – Nicolas Barreau
81 - Caderno de Maya – Isabel Allende
82 - Falar Antes de Dormir – Elizabeth Berg
83 - Aquele Verão na Toscana – Domenica de Rosa
84 - A Minha Verdade é o Amor - Luanne Rice
85 - Compaixão - Jodi Picoult
86 - Ainda Sonho Contigo – Fannie Flagg
87 - À Procura do Amor – Jodi Picoult
88 - O outro amor da vida dele – D. Koomson
89 – E depois do amor – Ray Kluun