sábado, 29 de setembro de 2012

Mudanças...


Como alguns de vós já sabe, neste momento estou a viver no Brasil. Vim por tempo indeterminado ;)
 
Como vai ser complicado gerir os dois blogs, o tema literário vai juntar-se aos meus devaneios AQUI.
 
Aguardo a vossa visita por lá sim?
 
Continuo a ter hipótese de fazer algumas trocas e vendas, por isso se houver interessados nos livros da estante aqui do lado esquerdo, contactem-me: veranneves@gmail.com
 
O desafio no GoodReads é chegar aos 160 livros em 2012, vamos ver se lá chego!
 
Boas leituras e espero que continuem a acompanhar-me!
 
Até já ;)
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Livros 2012 # 47



Não convenceu. Se “Tudo Se Perdoa Por Amor” me deixou na dúvida, este segundo livro, a continuação da história, não me convenceu.
Uma história banal, com problemas do dia-a-dia. Muito terra a terra e sem um conteúdo que me aguçasse muito a curiosidade.
Debbie, que sempre foi mais consciente do que Bryan, apercebe-se finalmente de que se casou com um menino grande, que enterra a cabeça na areia em vez de resolver os problemas. Pior, ainda consegue provocar mais problemas. Ao afundar-se em dívidas, álcool e consumo de drogas, vai pior a vida deste jovem casal. Será que é tarde para se aperceber daquilo que é realmente importante?
A mãe de Debbie foi das minhas personagens preferidas do primeiro romance e gostei de sentir que ela e Drew podem ser felizes. Mas há quem não pense isso. Mas o passado de Drew pode ensombrar a vida deles, pois a ex-mulher de Drew não suporta a sua felicidade. Da parte de Debbie ela tem de estar sempre presente para a filha, que ainda está a aprender a lidar com o seu instável e irresponsável marido.
O ex-marido de Debbie passa também por uma crise no seu casamento, pois a actual mulher não sabe como lidar com o acto de estar grávida e torna-se ainda mais insuportável.
Melissa está no meio de todo este drama familiar – e que drama – e sendo adolescente, não sabe como lidar com ele. Além disso, parece que ninguém se apercebe das suas dificuldades e ainda menos, da maneira que arranjou para se “ajudar”.
Mais uma vez gostei de de rever Judith cuja vida não correu como esperava e torna-se numa pessoa amarga e rancorosa. Um acidente que sofreu no primeiro livro parece tê-la ajudado a melhorar a sua relação com os outros.
E o livro é basicamente isto: uma sucessão de dramas familiares, situações corriqueiras que a mim pouco me entusiasmam.
O melhor do livro foram mesmo as descrições da Irlanda, um país que cada vez mais suscita a minha curiosidade.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Promoções - Escolhe um e leva um de Oferta



Escolhe um por 7 "livros" e leva outro de oferta:


Não Digas à Mamã - Toni Maguire
Eclipse - Stehphenie Myer
Tudo o que resta - Patrícia D. Cornwell
O Meu amor morreu em Bagdade - Michael Hastings

Um de Oferta à escolha:

Jardim sem Muro - José Leon Machado
Sonhei com António Lobo Antunes - Maria Leiria de Mendonça
A Pecadora - Tess Gerritson (Círculo de leitores, com assinatura)

Livros 2012 # 46




Confirmei que esta é uma autora a seguir. Depois de ter lido A Ilha, um dos melhores livros que li, A Arca mantem o mesmo registo e leva-nos numa viagem que jamais esqueceremos.

A autora revela-nos uma cidade grega onde a acção se centra, Tessalonica, num período de guerras, agitações políticas e sociais, insegurança e pobreza. Esta é uma viagem histórica à qual fiquei rendida. Hislop é mesmo uma contadora de histórias excepcional.
Tocaram-me as descrições da ocupação nazi, toda a barbárie sofrida pelos gregos e pelos judeus, enviados para a Polónia para campos de concentração. E tocou-me ainda mais porque conhecia aqueles judeus. A autora tem o poder de nos fazer viver a história, como se fizéssemos parte dela.
A história de Katerina e Dimitri é de uma beleza incomparável. Sofri com eles, ri com eles e torci por eles.
A história da Arca, literalmente falando, é um mistério bem conseguido na história e tem por trás uma história de luta, sofrimento, valores e união. Excepcional.
A história de Katerina, que acompanhamos desde criança até à sua velhice, é arrebatadora. A mim emocionou-me bastante.
Uma leitura a não perder. Uma autora a seguir. Aliás, O Regresso já está à minha espera na estante. Não percam!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Promoções - À Escolha


Tu é que escolhes!!


Compras dois livros, escolhes mais um de oferta


Literatura Estrangeira e Nacional: 7 "livros" cada.

- Paulo Coelho - Brida`
- Nicholas Sparks - À Primeira Vista
- Maitê Proença - Uma Vida Inventada
- Zana Muhsen - Vendidas
- Zana Muhsen - Uma Promessa a Nádia
- Ray Klunn - E Depois do Amor
- Mike Gayle - A Namorada dos meus Sonhos
- Alice Sebold - Visto do Céu
- Amanda Craig - Amor-Perfeito
- Rhonda Bryne - O Segredo
- J. K. Rowling - Harry Potter e a Câmara dos Segredos
- Charles Baxter - O Banquete do Amor
- Laura Esquível - Tão veloz como o Desejo
- Beverly Donofrio - Os Rapazes da Minha Vida
- Sophie Kinsella - Louca Por Compras
- Rita Ferro - Desculpe lá, mãe!
- MRP - As Crónicas da Margarida
- MRP - Artista de Circo
- MRP - Não há Coincidências




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Leituras 2012 # 45




Comecei esta leitura com grande expectativa. Apesar de ter gostado, esperava mais. Não consegui deixar de me ressentir com Frederik, por ter preferido refugiar-se e não encarar os problemas. Por se ter escondido uma vida inteira, para chegar ao fim e perceber que se tivesse enfrentado os problemas, eles ter-se-iam resolvido e podia ter aproveitado a vida de uma outra forma. Era inevitável, Frederik chegar ao fim e ficar com a sensação que poderia ter tido “outra vida”. No presente, ele precisa de abrir um buraco no gelo, todos os dias, e sentir a água gelada no corpo, para se sentir vivo.
 Vivendo numa ilha onde a única visita que receber é a do carteiro, Frederik fica desconcertado quando vê uma idosa de andarilho a dirigir-se para sua casa. Tem consciência que depois desta visita, nada mais será igual.
Todo o livro é uma viagem ao passado, às pessoas que dele fazem parte e à resolução dos seus problemas.
Muita coisa irá acontecer. Uma viagem, uma filha, uma morte, o reencontro consigo próprio.
É o primeiro livro que leio de Henning Mankell e gostei da sua escrita. Inteligente, com vida própria e que nos faz pensar na nossa própria essência.
Por vezes penitenciamo-nos por um erro que cometemos e deveríamos seguir em frente. Frederik não foi capaz de lidar com as consequências dramáticas do seu erro e tornou-se num eremita. Mas a partir do momento em que Harriet, uma paixão do passado, lhe aparece à frente, tudo o que ficou para trás será vivido novamente.

Gostei da razão do título do livro e achei bastante interessante a escolha do autor. Durante a leitura, descobrimos o porquê do título Sapatos Italianos, que à primeira vista não tem nada a ver com o que escrevi. Nem tudo será desvendado e por isso leia o livro. Será uma agradável viagem.

Promoções - José Saramago



Promoção 1 = 2

Literatura Nacional: 9 "livros" cada.

José Saramago:
- Memorial do Convento
- Ensaio Sobre a Cegueira


Na compra de um livro escolhe outro de oferta:

- Virgílio Ferreira - Aparição
- Helena Sacadura Cabral - As Nove Magníficas
- Mário Lopes - Beni - Um Italiano em Moçambique

domingo, 2 de setembro de 2012

Leituras de Agosto



AGOSTO:

119 - O Meu Encontro com a Vida - Cecelia Ahern
120 - Escolha do Coração - Amanda Brooke
121 - Irmãs de Verão - Judy Blume
122- A Última Carta de Amor - Jojo Moyes
123 - Os Homens que odeiam as mulheres - Stieg Larsson
124 - As Vinhas do Amor - Roisin McAuley
125 - A Prenda - Cecelia Ahern
126 - O Diário - Eileen Goudge
127- Solstício de Verão - Tara Moore
128 - Sputnik, meu Amor - Haruki Murakami
129 - Lição de Tango - Sveva Modignani
130 - Amor em Lume Brando - Anna Casanovas
131- Receitas de Amor - Anthony Capella
132 - A Arca - Victoria Bishop
133 - À Minha Filha em França - B. e Stephanie Keating
134 - A estranha viagem do senhor Daldry - Marc Levy
135 - Sapatos Italianos - Henning Mankell

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Leituras 2012 # 44


Tenho três livros para ler de Marc Levy, mas a minha estreia foi com este A Estranha Viagem do Senhor Daldry.
Uma história envolvente, um lugar exótico e personagens bem humoradas foram, para mim, os ingredientes para uma leitura bastante agradável.
O autor mostra-nos o cenário cinzento da Londres do pós-guerra e a misteriosa Istambul, com os seus cheiros e paisagens inebriantes. Alice é um “nariz” e trabalhar para descobrir os aromas perfeitos, Daldry é o seu vizinho antipático e introvertido de quem ela pouco sabe. No entanto esta relação acaba por mostrar a ambos o quão estavam enganados.
Por obra do destino, e graças à entrada em cena de uma cartomante, uma Alice renitente acaba por partir numa aventura por Istambul, com o seu vizinho misterioso. Está longe de imaginar o que o futuro lhe reserva e a vida que lhe tem passado ao lado.
Esta viagem, de descoberta e auto-conhecimento é verdadeiramente deliciosa, assim como os personagens que dela fazem parte.
O autor escreve de uma forma deliciosa e cativante. É impossível resistir ao virar de cada página. O final é surpreendente e Marc Levy marcou pontos pela originalidade dos acontecimentos da narrativa.
Uma leitura que aconselho e recomendo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Promoções - III


Promoção 1+1 = 3
Literatura Estrangeira: 8 "livros" cada

Disponíveis:
Ann Mah - Uma Americana em Pequim
Lauren Weisberger - O Diabo Veste Prada
Liz Tuccillo - Como Ser Solteira


Na compra de dois livros escolhe um de oferta*:

Maria Leiria de Mendonça - Sonhei com António Lobo Antunes
Leonor Sousa - Amanhã À Mesma Hora


* também disponíveis individualmente  por 6 "livros" cada um.
Portes já incluídos.

Promoções - II



Autores Estrangeiros - 7 "livros" cada

Títulos Disponíveis:

Danielle Steel - Jogos de Sedução
Daniella Steel - Um amor imenso (Círculo de Leitores)
Beverly Donofrio - Os Rapazes da minha vida
Laura Esquível – Tão Veloz Como o Desejo
John Irving - A Porta no Chão
Ray Kluun - E Depois do Amor
Isabel Allende - Retrato a Sépia (Círculo de Leitores)

Na compra de três, oferta de um destes à escolha:

Dan Brown - Conspiração
Miguel Sousa Tavares - Rio das Flores
Sophie Kinsella - Louca Por Compras


Promoções - I



Autores Portugueses e Brasileiros  - 5 "livros" cada

Títulos Disponíveis:

Maria João Lopo de Carvalho - Virada do Avesso
Maria João Lopo de Carvalho - Acidentes de Percurso
Margarida Rebelo Pinto - Crónicas da Margarida
Margarida Rebelo Pinto - Artista de Circo
Rita Ferro - Desculpe lá, mãe!
Paulo Coelho - Brida
Paulo Coelho - Na margem do rio Piedra sentei e chorei
Miguel Sousa Tavares - Não Te Deixarei Morrer David Crockett

Carlos Carneiro e Jorge Vassallo - Até Onde Vais Com 1000 Euros
Filipa Múrias - Mentiras e Condomínios

Na compra de três, oferta de um destes à escolha:
Nicholas Sparks - Uma Promessa para toda a vida
Nicholas Sparks - À Primeira Vista 

Anna Casanovas - Ninguém Como Tu

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Leituras 2012 # 43




Não iniciei esta leitura com grandes expectativas, porque as opiniões que tinha visto não eram muito favoráveis.
De facto, existiam os ingredientes para um bom romance: as paisagens dos vinhedos e os aromas dos vinhos e das ervas francesas, o mistério do passado ligado a duas famílias desconhecidas, o amor a florescer… mas, na verdade, houve qualquer coisa na forma como a história foi contada que não me fez devorar o livro. Nem as descrições da vida rural duma pequena aldeia francesa, com as suas paisagens luxuriantes e os aromas que por norma me fazem sonhar e viajar entre páginas, me cativaram por aí além.
O que para mim não funcionou: a autora apresenta-nos, numa primeira parte, a história de Melanie. Estava a gostar bastante e, de repente, surge uma outra história, a de Honor. Mas eu queria era ler sobre a outra história e foi por pouco que não passei adiante para acompanhar a vida de Melanie, de seguida. Ou seja, desta forma, Honor para mim foi desinteressante e quase um suplício. Se a autora fosse contando a história em simultâneo penso que a forma como “agarrei” o livro teria sido diferente.
Melanie estuda na Califórnia para ser, um dia, uma vinicultora. Aprende com os mestres e sente-se realizada. A sua estrutura familiar são os avós, que a criaram desde pequena. Ainda que tenham sido as circunstâncias da vida, ela não consegue esquecer que foi criada longe da mãe e que esta agora tem uma família feliz, da qual Melanie não sente que faz parte. Igor, o padrasto, é um aficionado por vinhos raros e tem uma relação complicada com Melanie. No entanto, vão unir-se de uma forma que gostei bastante.
Honor é indecisa e inconstante. Um pouco perdida em Londres, vai viver com o namorado para França, num lugarejo chamado Astignac, que parece tirado de um cenário de encantar. Mas cedo se apercebe que, mais uma vez, não é aquilo que deseja. Hugo passa a vida a viajar em negócios e ela sente-se sozinha e insegura. Acaba por voltar para Londres e agarra uma oportunidade no mundo artístico.
Por força do destino, estas duas jovens encontram-se, já perto do fim do livro e aí acontece tudo de uma vez. Senti que estive a ler quase trezentas páginas em que pouco ou nada de interessante aconteceu e, depois, acontece tudo num ápice. Achei um pouco forçado.
Gostei particularmente de Poppa, o avô de Melanie. É ele que traz à história alguma doçura, meiguice, na relação com a neta e o mistério da história, envolvido em memórias da Segunda Guerra Mundial. Gostei da parte das falsificações de vinhos raros (e caríssimos). Pelo menos, apimentou um pouco a história e deu-nos a conhecer um pouco desse mundo dos coleccionadores . Achei também interessante ficar a conhecer um pouco mais da produção de vinhos. No entanto, foi numa fase do livro pouco cativante para mim, pelo que não apreciei completamente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Novidades...


Estejam atentos sim?
Vão haver novidades, só ainda não sei bem o quê, ok? Talvez umas promoções, um sorteio ou outro, vamos ver, vamos ver...

Porquê? Vão haver algumas mudanças e ainda estou a pensar como vou gerir a situação, mas tudo a seu tempo!!

Até já ;)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Livros 2012 # 42




É a primeira vez que leio um livro da autora Judy Blume, mas espero que sejam editados mais livros em Portugal, pois é, sem dúvida, uma escritora a seguir.
Irmãs de Verão é um livro delicioso, que li quase todo de seguida, pois a história é viciante. A história de Victoria (Vix) e de Caitlin é a mesma de muitas raparigas colegas de escola, em que uma é a invejada por todos e a outra é a invisível. No entanto, os opostos atraem-se e quando Catlin convida Vix para passar o Verão Martha’s Vineyard esta fica encantada. Vix vem de uma família pobre, sem oportunidades e este escape vai mudar a sua vida, para sempre.
Ao longo dos Verões que vão passando na Ilha, vamos conhecendo as semelhanças e as diferenças entre as duas amigas.  Histórias de infância, de primeiras descobertas, de competição e de cumplicidade vão sendo partilhadas com o leitor, fazendo-nos traçar um perfil de Vix e Catlin, assim como das famílias de ambas, não só em termos de estatuto social como de mentalidades.
A relação de ambas cresce com elas, até à idade adulta e apesar dos caminhos distintos e das personalidades cada vez mais diferenciadas, elas mantêm o contacto e vão-se cruzando no caminho da vida. Enquanto Caitlin tem dificuldade em se encontrar e passa a vida a viajar e a descobrir novos projectos, dos quais se farta rapidamente, Vix agarra o apoio que lhe foi dado por Lamb e Abby, o pai e a madrasta de Caitlin, e segue o seu percurso escolar para Harvard e inicia a sua carreira profissional em Nova Iorque.
A vida amorosa de ambas, que se inicia na adolescência com Von e Bru, vai dando algumas reviravoltas interessantes que não podem ser desvendadas.  No Prólogo ficamos a saber que Caitlin casa com Bru, mas se ele foi o primeiro amor de Vix, como é que é Catlin a casar com ele? Só este enigma faz-nos devorar as páginas, umas a seguir às outras.

Apesar de todos os dilemas e diferenças entre Vix e Caitlin, a verdade é que o sentimento mágico e verdadeiro está lá – a Amizade – e mantém-se apesar de todas as adversidades.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Livros 2012 # 41


Cecelia Ahern tem uma escrita diferente. Os livros contemplam sempre um lado um pouco fantasioso e uma pitada de humor, que enriquecem sem dúvida, os seus romances. Para mim, é difícil ela conseguir superar o P.S. Eu Amo-te, para mim, o seu melhor romance.

A história, inicialmente caricata, facilmente se entranha e depois quando damos por isso, já estamos nas últimas páginas.
Lucy tem um emprego, um namorado fantástico, é feliz. No momento seguinte, perde o namorado, perde o emprego e vai morar sozinha, num sítio onde não se atreve a levar ninguém. A partir do momento em que decide dizer ao grupo de amigos que foi ela que terminou com o namorado, quando não era verdade, a vida de Lucy não mais será a mesma. É que atrás de uma mentira, vem outra. E quando dá por si, a sua vida é uma embrulhada pegada e não sabe como voltar atrás. Tanto junto da sua família, como com os amigos e no trabalho, Lucy opta sempre por mentir.
Até que começa a receber cartas para uma reunião com a sua Vida. Inicialmente tenta escapar à situação, mas cedo percebe que não há forma de fugir. E dá início à maior aventura da sua vida. Vai ser um longo caminho de autodescoberta e introspecção. Lucy percebe a satisfação de dizer a verdade, ainda que de início possa magoar os que ama, a verdade acaba por ser a opção mais sensata.

Adorei o humor da autora e a forma como transforma assuntos sérios num cenário leve e divertido, ao mesmo tempo que nos vai transmitindo alguns ensinamentos. O mais importante de todos é que por vezes desistimos da vida, mas nem sempre ela desiste de nós e nesse instante, devemos agarrar a oportunidade que nos é dada.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Leituras Julho


Julho:

105- Há Sempre Um Amanhã – Anita Notaro
106- Jogos Secretos - Jill Mansell
107- Esc@ndalo - Therese Fowler
108-Era Tudo Tão Bom - Linda Grant
109-Nunca É tarde para recomeçar - Catherine Dunne
110-A Menina na Falésia - Lucinda Riley
111-Sempre Que Dizemos Adeus - Anna MacPartlin
112-Um Violino na Noite - Jojo Moyes
113-Nunca Digas Adeus - Lesley Pearse
114-Prometo Amar-te - Melissa Hill
115 - Resistir ao Amor - Jill Mansell
116 - Ninguém Como Tu - Anna Casanovas
117 - De Malibu com Amor - Elizabeht Adler
118- Álbum de Verão - Emylia Hall

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Leituras de Junho


Junho:

90 - O Gosto Proibido do Gengibre – Jamie Ford
91 - A Linguagem Secreta das Flores – V. Diffenbaugh
92 - Para Sempre, Meu Amor – Cathy Kelly
93 - A Vida Secreta das Princesas Árabes – J. Sasson
94 - Um Erro Inconfessável – Emma Wildes
95 - Uma Menina de Boas Famílias – E. Edmondson
96 - O Quarto de Jack – Emma Donghue
97 - A Sociedade Literária da T. C. de Batata – M. A. Shaffer
98 - A Baía do Desejo – Jojo Moyes
99 - Desejos do Coração – Jude Deveraux
100 - O Circo dos Sonhos
101 - A Casa do Mar – Esther Freud
102 - O Príncipe da Neblina – Carlos Ruiz Zafón
103 - Retrato de Família – Jojo Moyes
104 - A Coisa à volta do teu pescoço - Chimamanda Ngozi Adichie

Leituras 2012 # 40


Depois de ter lido Estarás Sempre Comigo de Anna McPartlin tive curiosidade em ler este novo romance. Posso dizer que apreciei ainda mais.
Não esperava que o livro me prendesse tanto e esperava ainda menos uma história profunda e comovente, que nos faz querer saber o que realmente aconteceu. A autora conseguiu cativar-me e envolver-me no enredo.
Harri ama o noivo, com quem tem uma relação à vários anos. No entanto, e por alguma razão que não consegue explicar, não consegue casar-se. Pela segunda vez, ela deixa James plantado no altar.
É nessa altura que os pais dela decidem convocar uma reunião familiar. E o mundo de Harri, e do seu irmão gémeo, George, desaba.
Ambos vão ter aprender a lidar com uma nova vida e Harri, principalmente, vai ter que viver com um novo eu. Ela vai sentir-se frustrada, enganada, perdida…mas vai reconstruir o seu caminho, com a ajuda da família e do grupo de amigos e, quiçá, recuperar o amor perdido.

Achei o grupo de amigos de Harri, uma verdadeira delícia. Com eles a autora constrói outras histórias, á volta da história principal. Susan e o marido vivem uma relação onde a comunicação não existe e onde um acontecimento trágico marcou o silêncio na relação. Serão precisos acontecimentos extremos para os fazer comunicar. Melissa e Gary, um casal com dois filhos, são uma comédia. Sem ajuda do marido, Melissa vai fazer com que ele lhe dê valor e a estime como uma pedra preciosa. George e Aidan, o primeiro, irmão de Harri, e o segundo, o lado feminino da relação. Adora juntar-se com as outras mulheres do grupo para falarem das fofocas e banalidades.

Adorei a viagem de Harri ao passado e achei bastante interessante a forma que a autora descobriu para nos dar a conhecer todo o percurso, que termina naquela noite na floresta, à trinta anos atrás. Curiosos? Então aconselho-vos a leitura deste livro, onde as emoções, o poder da amizade, do amor e do perdão são enaltecidos. Um romance maravilhoso.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Leituras 2012 # 39


“De Malibu, Com Amor” não é o melhor livro de Elizabeth Adler, mas lê-se bem. É uma leitura envolvente e tranquila. Como habitualmente, tem romance, uma dose de mistério e aventura.
Gostei da dupla Mac Reilley e Sunny, o detective privado e a namorada. A química entre o casal sente-se à distância e é engraçada a pitada de humor que a autora associou ao casal, juntamente com Pirate e Tesoro, os cães de cada um.
Mais uma vez Adler leva-nos a viajar. Passando de Malibu para Roma, não deixando o México nem França para trás. Os pormenores são deliciosos e imperdíveis. Temos ainda um vislumbre da vida de riqueza e deslumbramento da classe alta.
A história centra-se na história de Allie e Perrin, ela actriz de cinema de renome, ele um empresário de sucesso. Quando se decidem divorciar, vários acontecimentos sucedem-se e levam à intervenção de Mac. Perrin desaparece de circulação, sente que anda a ser perseguido e teme também andar a ser investigado pelo FBI. Allie teme pela vida e foge para França, tentando viver a vida que tinha antes de se tornar actriz.
A narrativa desenrola-se à volta desta acção e lê-se de forma rápida. Como disse no início, não é dos melhores livros da autora, no entanto, a Adler é sempre uma leitura agradável e fresca.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Leituras 2012 # 38


Antes de iniciar esta leitura, fiquei bastante curiosa com a sinopse. Verão-Hungria-morte da mãe- álbum de recortes que Beth nunca tinha visto - foram o suficiente para despertar o bichinho.

O livro oscila entre o presente e o passado. Beth trabalha numa galeria de arte e só vê o pai quando o vai visitar. Quando recebe um telefonema do pai a dizer que a quer visitar, Beth está longe de imaginar que a caixa de pandora está prestes a ser aberta. Tudo o que ela tentou recalcar, relacionado com a sua infância na Hungria e inevitavelmente com Marika, virá, dolorosamente, ao de cima.

Inicialmente a história tinha todos os ingredientes para me agradar, mas ainda assim, não o fez. O facto de ser muito centrada no passado não ajudou muito. A pouca evolução de cada Verão na Hungria fez-me desanimar. Sim, havia um segredo, havia memórias deliciosas de outra cultura, da infância, de momentos marcantes… mas por qualquer razão, não me convenceu.
Beth é filha de David e de Marika. Sendo ela oriunda da Hungria, juntos visitam este país e Marika decide ficar. Não regressa com o marido e com a filha e será por esse motivo que Beth irá começar a passar as férias junto da mãe. É dessa forma que ambas se irão conhecer verdadeiramente e Beth, ainda uma menina, passa o ano inteiro a desejar as suas férias de verão na Hungria.
Quando Beth, no presente, se predispõe a rever o passado, abrindo o albúm de fotografias, o leitor é presenteado com a história desses momentos, com um lago fresco, um sol insolente, um primeiro beijo, um céu cheio de vida…momentos que Beth julgou ter apagado para sempre.
No Verão dos seus dezasseis anos, Beth decidiu que quer ficar a viver na Hungria, com Marika e Zoltán, companheiro da mãe, e com Támas, o seu primeiro amor. Mas um segredo revelado irá afastá-la para sempre desse país que tanto a apaixonou.

Resumindo, esta é a viagem de Beth ao seu passado, à sua infância, à sua Marika. Uma viagem dolorosa, com lágrimas e risos, com caminhos tortuosos, com tréguas e reencontros, com palavras que ficaram por dizer…porque por vezes, é demasiado tarde.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Leituras 2012 # 37



Não sabia muito bem o que esperar deste livro. A comparação ao Romeu e Julieta, que aparece na capa do livro despertou a minha curiosidade. Confesso que achei que iria ser uma daquelas leituras medianas, que não nos satisfazem a cem por cento, mas também não desagradam. Mas, e ainda bem, foi uma agradável surpresa e uma leitura compulsiva.
É impossível não nos afligirmos pelo drama de Amelia e Anthony. Damos por nós a torcer por eles, com unhas e dentes. Por outro lado, temos vontade de estrangular o pai de Amélia.
Harlan é um pai conservador e que já decidiu o futuro da filha, independentemente dos desejos da filha. Mas Amelia quer seguir o seu apelo anterior, dedicar-se às artes e seguir para Nova Iorque. Com Anthony.
Enquanto não fazem os dezoito anos, eles namoram em segredo, tendo todo o cuidado para ninguém suspeitar desta relação. Mas um pequeno descuido deita tudo a perder e todos os esforços foram em vão…
Harlan, quando descobre este segredo, da pior forma, move mundos e fundos para acusar Anthony, sem parar para ouvir a filha, e cego de vingança, quer ir até às últimas consequências para colocar Anthony atrás das grades.
Toda a emoção da fuga do casal, da aventura que será para todos os envolvidos, desde o preço policial até ao tribunal, passando pela fuga, faz-nos devorar o livro em menos de nada! A autora dá-nos ainda o bónus do suspense e da perspicácia de Anthony, uma surpresa mesmo no final…

Uma leitura que recomendo vivamente!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Leituras 2012 # 36



Confirma-se que Anita Notaro tem o dom da escrita. Torna a leitura viciante e “Há Sempre Um Amanhã” é devorado sem darmos por isso.
A morte de Alison, irmã gémea de Lily, abalou-me. A descrição é tão bem feita, que nos imaginamos no meio daquele mar e sentimos o terror invadir-nos. E este acontecimento é apenas o início. Muito há a descobrir.
Lily vê-se a braços com o sobrinho pequeno, para quem irá ser agora uma mãe, mas para ela é muito mais do que isso. Alison era o seu pilar, a sua âncora. Considerei que a autora explorou muito bem esta relação entre as irmãs. Mexeu comigo por eu própria ser um pouco como a Lily e ter a minha Alison presente é das melhores coisas da minha vida.
A nossa protagonista vai sentir a sua vida dar uma grande volta, muitas vezes, durante os meses seguintes. À medida que se vai inteirando da vida e dos negócios da irmã, sentimentos contraditórios vão emergindo, como potenciais destabilizadores de uma relação que ela considerava pura e intocável. As descobertas que faz, quer em relação à própria família, por exemplo com o pai ou a tia Milly, quer em relação às amizades que ela desconhecia que a irmã tinha. Quando achava que não havia segredos entre elas…
O percurso que Ally vai percorrer não só lhe permite conhecer-se melhor a si própria como aos outros que a rodeiam. Nesse processo, Anita Notaro oferece-nos histórias hilariantes, momentos deliciosos que nos aquecem o coração.
Adorei acompanhar o “crescimento” de Lily, a sua relação com o pequeno Charlie e a tia Milly. A curiosidade em descobrir quem é o pai de Charlie também foi crescendo e adorei a forma como a autora elaborou esta parte da história.
Com os personagens masculinos, confesso que por vezes me baralhava com os nomes e com as suas histórias. Mas apreciei as suas pequenas histórias, quase como se fossem pequenos contos, dentro da narrativa, com Alison como elo de ligação.
Recomendo esta leitura e Anita Notaro é uma autora que, decididamente, vou seguir.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Livros 2012 # 35


Tinha imensa curiosidade em ler este livro. Li excelentes críticas e apesar do receio em relação à forma como o livro nos é apresentado - formato de cartas - tinha grandes expectativas. E as expectativas foram superadas. Adorei a história, o enredo e os personagens. A forma da escrita até fez com que quisesse devorar  livro, para saber as respostas das cartas, pois são elas que desenvolvem a história. No fim do livro fiquei com a sensação que os personagens eram meus conhecidos, tal como foi a forma que as autoras os desenvolveram. E fiquei a conhecer um pouco melhor a Ilha de Guernsey e toda a história de privação que a Ilha sofreu com a ocupação alemã durante a II Guerra Mundial.
Enquanto procura um tema para o seu novo livro, Juliet depara-se com a possibilidade de conhecer um pouco melhor os habitantes da Ilha de Guernsey e a "famosa" Sociedade Literária da Tarte Casca de Batata, e não olha para trás. Inicia correspondência com vários habitantes da Ilha e depara-se com uma nova realidade que servirá de base para o seu livro. Sendo os livros uma paixão comum entre todos os personagens deste livro, é impossível não gostar desta narrativa.
No desenrolar da narrativa Juliet muda-se para Guernsey para fazer a sua pesquisa e vamos tendo conhecimento das novidades que Juliet escreve aos seus amigos  e ao seu editor de Londres  e que descrevem os factos actuais, assim como as privações e dificuldades que vai tendo conhecimento e que surgiram durante a Guerra. A vertente histórica apaixonou-me e confirmei uma vez mais que aprecio imenso os livros que relatam essa época. 
A Sociedade tinha características deliciosas e Juliet não lhe foi indiferente. Recebeu toda a informação que lhe foi fornecida e foi criando laços com todos os intervenientes de uma forma que não julgava ser possível.
Adorei o livro e recomendo a sua leitura.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Livros 2012 # 34


O único livro que li até ao momento, do autor, foi o Marina e confesso que me desiludiu. Com uma certa dúvida que peguei no Príncipe da Neblina. Dúvida essa que se dissipou logo no Prólogo: o autor envolveu-me na magia das suas palavras desde a primeira página.
O livro é pequeno e a narrativa interessante o suficiente para nos fazer ler de um folego as 208 páginas.
A partir do momento em que max e  sua família se mudam para uma casa, junto à praia, na costa sul de Inglaterra, o destino deles irá alterar-se para sempre. Uma série de acontecimentos suscitam a curiosidade de Max e da sua irmã, Alicia, que juntamente com o novo amigo, Roland irão descobrir um enigma que surgiu à muitos anos atrás, envolto na neblina, quando o avô de Roland, Kray, descobre que todos os desejos têm um preço e que uma promessa é para ser cumprida. Os mecanismos estão em acção e nada poderá deter o Príncipe da Neblina.
O autor escreve de forma inteligente e faz-nos ficar em suspense e sentir calafrios. As descrições e toda a acção é simples mas envolvente, a imaginação flutua nos locais descritos por Zafón e rapidamente chegamos à última página, ansiando por mais.  

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Livros 2012 # 33


Foi com grande expectativa que iniciei esta leitura. O cenário era improvável e a sinopse deixou-me bastante curiosa: um mundo de magia e ilusão, onde acompanhamos uma competição entre dois mágicos que se apaixonam, mas, tal como a vida, "the show must go on".
Este é o primeiro livro de Erin Morgenstern e foi uma estreia absolutamente mágica. A autora envolve-nos em tendas deslumbrantes e espevita-nos a curiosidade com truques e situações improváveis e originais que nos fazem quase viver a experiência como sendo real. A capa do livro está belissíma e o interior do livro envolve-nos na magia dos cenários com estrelas e pormenores que demarcam as diferentes fases da narrativa.

A acção desenvolve-se ao longo de vários anos e acompanha o crescimento de Célia e Marco, duas crianças que não se conhecem mas que estão destinadas a um desafio em que apenas um deles vencerá. Ao longo dos anos vamos acompanhando o circo nas suas deslocações por vários países e vamos saboreando cada momento até Célia e Marco se conhecerem e perceberem que são adversários. No entanto, além de adversário num jogo que não pediram para jogar, eles vão ser também amantes, pois não conseguem fugir da atracção e do amor que os une, assim como do Jogo.
Além dessa história que podemos considerar a principal, as restantes personagens são um deleite. A autora encontrou, em cada uma delas, particularidades que as enalteceram, quer pela sua personalidade ou habilidade ou ainda pelo ar misterioso com quem evolviam a trama. Adorei os gémeos e o Bailey. A forma como estes três personagens crescem e se desenvolvem é fascinante.

É impossível não nos deixarmos envolver em tamanha beleza e fantasia. A autora foi mestre nas descrições e em nos transportar para o Circo dos Sonhos, para aquelas tendas dentro de tendas, os caminhos sinuosos, para as salas que mudam de lugar, para aqueles cenários que vemos mas que não são reais, para a Árvore dos Desejos, para o Relógio, para a fogueira de todas as cores. As descrições são sem dúvida o ponto chave deste livro. Senti-me maravilhada com as capacidades artísticas dos personagens e com a visita guiada que a autora nos vai oferecendo ao longo do livro.

No entanto, nem tudo é controlável. O desafio traz consigo poderes inimagináveis e as consequências podem ser desastrosas, para todos os envolvidos no circo e que não têm ideia do que está a acontecer. Apesar desse desconhecimento, o papel de cada um deles é fundamental para o circo poder continuar. 
Para uma estreia, Erin Morgenstern foi soberba. Não considero o romance entre Célia e Marco o que mais me seduziu na leitura, mas antes todo o encantamento que a autora nos transmite, quase como se pudessemos viver todos os sentimentos contraditórios que a magia proporciona. 

Confesso que gostaria de ter saboreado este livro com mais calma, dava por mim a sentir que a história não avançava e confesso que se não fosse a escrita descritiva maravilhosa da autora, o ponto fulcral do Desafio entre Célia e Marco, não me iria satisfazer. Penso que esse ponto podia ter sido mais explorado para que o leitor ficasse mais esclarecido. 
Deixem-se levar pela magia, leiam este livro.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

100 Livros















O meu desafio inicial para este ano eram 100 livros. Esse objectivo foi atingido a meio do ano!
Parabéns para mim ;)
Aumentei o desafio para 125 livros porque sei que no segundo semestre vou ler menos...ainda assim, é capaz de dar para aumentar mais um bocadinho!! :)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Livros 2012 # 32


À uns anos que não lia nada deste género e daí decidi voltar a este tipo de leitura. Por norma, tende a ser forte, com factos verídicos impressionantes e que nos deixam frustrados e de certa forma zangados por, na actualidade, ainda existirem realidades como as que nos são descritas e ninguém fazer nada de válido para alterar as brutalidades exercidades em milhares de mulheres e a inexistência de direitos humanos para o sexo feminino, em determinados países.
Sultana relata-nos essa angústia, essa frustração de não poder fazer nada e no seu caso, a assistir a este drama diáriamente. O facto de pertencer à realeza poderá aligeirar um pouco as coisas, mas as mulheres não serão mais importantes aos olhos dos homens, por serem princesas. Simplesmente têm mais luxos, mas quando em comparação se fala de dignidade humana, o luxo já não tem o mesmo valor.
Jean Sasson dá a voz a Sultana e é-nos relatada a sua vida, desde a infância até à idade adulta, a par com os valores, a religião e o modo de vida na Arábia Saudita.
Sultana é um espírito rebelde, que nunca cruzará os braços ás atrocidades cometidas no seu país, mesmo sabendo que denunciando esses factos ao mundo, o efeito pouco altera o dia a dia das mulheres sauditas.
Mesmo tendo tido sorte casando com um jovem do seu agrado e tendo tido filhos que pôde educar, Sultana unca foi uma mulher submissa ou amedrontada pelo poder dos homens. Ela foi sempre uma lutadora, mesmo quando o seu castigo poderia ser a pena de morte (nomeadamente quando descreve que a família descobriu que tinha escrito este livro de memórias, contando tudo sobre a sua vida e a realeza saudita).
Penso que o livro peca pelo excessivo volume. A certa altura, não havendo grande desenvolvimento pois trata-se do relato de factos reais, a leitura começa a parecer-nos repetitiva, assim como o ponto de vista de Sultana. Entendo a necessidade de mostrar ao mundo a desigualdade entre os sexos e os crimes cometidos contra as mulheres e muitas vezes desculpados com o argumento do Profeta e do Corão, no entanto no fim já estava um pouco saturada.
Além disso o livro divide-se em três momentos distintos, sendo que por exemplo no segundo são referidos momentos do primeiro, pelo que dá quase a sensação que seriam três livros distintos, aglomerados em apenas um. E ler "três livros" seguidos, deste género literário, não é fácil.
Recomendo esta leitura, de preferência intercalando com outras temáticas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Livros 2012 # 31


Confesso que iniciei a leitura deste livro um pouco hesitante. Ainda que tenho lido todos os livros de Elizabeth Edmondson, editados em Portugal, e tenha uma opinião bastante favorável da autora, essa hesitação prendeu-se com o receio de o livro ser dentro do género do Uma Mansão na Bruma, também desta autora, que foi o que menos apreciei.
No entanto o livro revelou-se uma enorme surpresa e ainda que tenha terminado a leitura a considerar que não eram necessárias tantas páginas, pois certas partes da narrativa tornaram-se demasiado extensas, a conclusão a que chego é que foi uma leitura que se acabou por se tornar positiva e bastante interessante.
O livro começa com a acção que será retomada mais para o fim e nesse interlúdio temos a todo o desenvolvimento da história e da amizade entre Claudia, Vee e Lally.
A autora explora a Segunda Guerra Mundial e o Movimento Feminista na velha Inglaterra. As três amigas irão estudar para a Universidade em Oxford, o que aos olhos de muitos, foi visto como desnecessário e até ridículo, visto que as senhoras deveriam casar e cuidar dos filhos.
A autora concentra então a acção nos círculos da Universidade: nos grupos políticos, nas actividades ilícitas protagonizadas pelos estudantes, nas divergências que esta época que antecedeu a guerra fazia antever. A par desse cenário podemos também presenciar as festas em Londres e os encontros no Norte.
Adorei a personagem de Miss Claudia. Arrojada para a época, sabe desenvencilhar-se sozinha e a única coisa que a trava é a paixão que sente pelo professor Petrus. Já Vee não o suporta e faz tudo para o afastar do seu caminho, preferindo a companhia de Alfred, socialista determinado e disposto a lutar pelos seus ideais. Claudia torna-se defensora do fascismo de da corrente de Hitler, mudando-se para Berlim. Mas acabará por ver que afinal o fascismo não é bem o que pensava. Será demasiado tarde para voltar atrás? E como vai ela parar a Lisboa, encontrando aí as suas amigas da Universidade?
Hugh é o irmão de Vee, o qual é companheiro de Gilles. A irmã só descobre que Hugh é homossexual quando ingressa em Oxford. Sendo uma situação chocante para a época, Vee não consegue encarar esta situação de forma natural. Então, porque acabará Vee por casar com Gilles? E o que fará Hugh em terras espanholas durante a Guerra Civil?
A autora revelou-nos, de forma interessante, um pouco de História.  Numa altura em que populavam O Capitalismo, o Fascismo e o Comunismo, vão cruzar-se histórias que nos vão fazer devorar este livro e que incluem espiões, Embaixadas, mortes e ameaças e uma viagem final para a India, a bordo do Glorianna, onde todos os mistérios se irão revelar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Livros 2012 # 30



Andava ansiosa para ler este livro. A sinopse deixou-me bastante curiosa e, além disso, nunca tinha lido nada da autora. Achei que o enredo andaria em torno de Maggie e dos motivos que a levaram a querer cometer suicídio, dando-nos a conhecer a sua história.

Mas o livro é bem mais do que isso, é-nos dada a conhecer a juventude de Maggie, onde o concurso a Miss América é uma parte marcante da sua vida, e depois a sua entrada na Imobiliária, onde se transformará na melhor vendedora de casas da cidade. Ainda assim ela decide que já não faz sentido viver, então elabora uma lista com os prós e os contras dessa decisão. Mas à medida que essa decisão vai sendo adiada, por vários motivos, essa lista vai sendo alterada.
Gostei principalmente do “drama” das empresas imobiliárias e do “confronto” entre as vendedoras e além disso, da história da casa que Maggie sempre amou desde criança. A casa no cimo da colina tem uma história maravilhosa por trás, que nos irá sendo revelada aos poucos e que nos delicia no final.
Entre os escravos escoceses, a magia das lendas, paixões de adolescência, a dona da empresa imobiliária que tem uma história de afirmação e determinação, o dia-a-dia de Maggie e das amigas com quem trabalha, o livro desenvolve-se à velocidade da luz. O conteúdo da narrativa foi mais surpreendente do que eu esperava, pela diversão de conteúdos e pelo humor da autora em relação a determinados assuntos.
Uma leitura que recomendo!
Disponível aqui no blog!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Novidades Fresquinhas!!











Disponíveis em breve!! Reserva já!!

Livros 2012 # 29



Mais uma vez Dorothy Koomson escolhe um tem bombástico - a prostituição -  e contrói um livro absolutamente maravilhoso!
Até agora a autora não me desilude e este "O outro amor da vida dele" foi um bálsamo para mim. Escrito de forma inteligente, que nos faz querer devorar o livro para saber o final.
Libby teve uma vida difícil desde que se lembra. Conhecer Jack foi a melhor coisa que lhe aconteceu na vida. Quando decidem casar em segredo, unem as suas vidas para sempre. Mas como irá Libby ultrapassar o facto da ex-mulher de Jack ter morrido, quando o próprio não o faz. Será que ao não falar em Eve, Jack esconde alguma coisa?
As histórias familiares, os segredos escondidos, o passado de Libby e a vida de Jack e Eve sã alguns dos temas quentes que envolvem este magnífico livro!
Uma leitura que não podem perder!


Disponível aqui no blog!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Leituras 2012 # 28



Se não é o melhor livro do ano como é referido na capa, deve ficar entre os melhores. Este livro apaixonou-me, tanto pela vertente histórica, tão bem descrita e relatada, como pelas personagens e o seu percurso.
O simbolismo do Hotel Panama e aquilo que ele representa no passado e no futuro das nossas personagens, é explorado de uma forma perfeita pelo autor e a forma como entrelaça os acontecimentos passados com o que está para vir, faz-nos devorar o livro em menos de nada.
A história de Henry e de Keiko faz-nos reflectir nas nossas próprias escolhas pessoais e nas consequências destas, que poderão determinar o curso de uma vida.
Apesar de Keiko ter nascido nos EUA, a sua ascendência japonesa condena-a, assim como à sua família, a abandonar a sua casa e a sua vida, rumo a um campo de concentração e a um destino incerto. Para trás fica o seu amigo chinês, nascido nos EUA, Henry. Esta amizade perdurou através de cartas trocadas entre os dois adolescentes. No entanto, quando o tempo foi passando e as cartas escasseando, a força de vontade e o amor de Henry foram perdendo as forças e o futuro dos dois alterou-se irremediavelmen te. Mas terá sido o destino que assim quis? E será que quarenta anos serão suficientes para apagar o sentimento puro que os uniu?
Adorei a forma como o autor explorou o ambiente da altura, a cultura jazz, os confrontos da Guerra, a forma como todo o cenário alterou a vida de milhares de pessoas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Leituras de Maio

Maio:

69 - Coisas do Coração - Emily Giffin
70 - Os Segredos dos Outros - Louise Candlish
71 - Alguém Como Tu – Cathy Kelly
72 - A Última Noite no Chateau Marmont –L Weisberger
73 - Uma Mulher de Sonho – Fern Michaels
74 - Segredos do Passado – Mary Nickson
75- Paixões à Solta - Jill Mansell
76 - Cartas da Toscana – Domenica de Rosa
77 - Nunca Te Esqueci – Michael Baron
78 - A Montanha Entre Nós – Charles Martin
79 - Estarás Sempre Comigo – Anna MacPartlin
80 - O Sorriso das Mulheres – Nicolas Barreau
81 - Caderno de Maya – Isabel Allende
82 - Falar Antes de Dormir – Elizabeth Berg
83 - Aquele Verão na Toscana – Domenica de Rosa
84 - A Minha Verdade é o Amor - Luanne Rice
85 - Compaixão - Jodi Picoult
86 - Ainda Sonho Contigo – Fannie Flagg
87 - À Procura do Amor – Jodi Picoult
88 - O outro amor da vida dele – D. Koomson
89 – E depois do amor – Ray Kluun




quinta-feira, 31 de maio de 2012

Livros no Parque...


A Feira do Livro de Coimbra volta, pelo segundo ano, ao Parque Verde do Mondego, de 25 de Maio a 3 de Junho. Para esta edição, organizada pela Câmara Municipal de Coimbra, foi adotada a marca "Livros no Parque", tendo sido criado um logotipo próprio para a Feira do Livro.
Visite a bela cidade de Coimbra e descubra o Parque Verde da Cidade, com o Mondego como pano de fundo, e perca-se entre os livros. Depois sente-se numa das esplanadas à beira-rio e disfrute das suas compras. Quer cenário melhor?




sexta-feira, 25 de maio de 2012

Leituras 2012 # 27

Caderno de Maya é completamente diferente do que tenho lido da autora. Ler Allende a encarnar uma miúda dos dezasseis aos dezanove, com um percurso problemático, linguagem muito própria e tudo o que a adolescência acarreta, mostrou-se inicialmente estranho para mim. Mas agora vejo que foi uma forma de exorcizar os seus fantasmas, visto que a autora sofreu o drama familiar da dependência de drogas, através dos seus enteados, durante anos.
Em O Caderno de Maya a autora monta a narrativa entre o presente e flashbacks que nos vão dando a conhecer o que aconteceu a Maya e o que a levou a Chiloé. Nem sempre este estilo resulta. No caso, resultou. A minha curiosidade aguçou-se tanto para saber mais sobre esta ilha chilena e a nova realidade de Maya, como pelo seu passado misterioso.
A forma como Isabel Allende escreve é soberba. Dei por mim várias vezes a pensar em como tudo parecia tão real e em como na minha cabeça, eu percorri todos os cenários, imaginei todos os personagens e vivi em todos os cenários onde Maya passou.

Inicialmente ficamos a saber que Maya foi enviada para Chiloé, uma ilhota com trezentos habitantes, pela sua avó. Vai ficar a cargo de Manuel Arias e para os curiosos chilotas, é apenas uma estudante de férias e que veio ajudar Manuel com o seu livro. A par disso vamos conhecendo os habitantes, os seus hábitos e tradições. Nas referências a Chiloé, Isabel Allende aproveitou para inserir uma parte da história política do país, com o golpe militar e o regime de ditadura que o país viveu, após a queda do regime de Salvador Allende, tio da autora.
Noutro cenário, a autora mostra-nos como chega Maya a Chiloé. Ou seja, todo o percurso que fez entre os 16 e os 19 anos (havendo também referência anteriores). Foi criada pelos seus avós, a sua Nini e o seu popo. O pai estava sempre ausente em trabalho, a mãe abandonou-a quando tinha poucos dias. Então, com a morte do seu avô, a vida daquela unidade composta por Maya e os avós desmorona-se.
Maya vai passar por um percurso torbulento, perigoso e que jamais ela poderia prever. Quando dá por si, a sua vida está de pernas para o ar e há realmente o perigo de morrer. Em vários momentos, bastaria fazer um telefonema para a avó Nini e ela viria salvá-la. Mas será isso que Maya irá fazer?
Os personagens, o drama, os cenários que Isabel Allende descreve nesta fase da vida de Maya estão construídos de forma engenhosa, que nos obriga a ter medo por ela, a suster a respiração, a olhar por cima do ombro e a desconfiar de todos.
Tal como diz a autora acerca de Maya “em algumas cenas apeteceu-me dar-lhe um par de estalos para chamá-la à razão, e outras envolvê-la num abraço apertado para a proteger do mundo e do seu próprio coração imprudente”.