quarta-feira, 23 de maio de 2012

Leituras 2012 # 25



Adam reserva a Casa dos Barcos, no Lago Orta, em Itália, para duas semanas de férias com Ginny, a sua esposa. Ambos querem acreditar que serão capazes de reconstruir o seu casamento, depois de uma tragédia se ter abatido sobre eles. Apesar de acharem que terão todo o sossego e privacidade durante esses dias tranquilos e soalheiros em Itália, a verdade não é essa.
No segundo dia, o palacete que se situa ao lado da pequena Casa dos Barcos, dá mostras de movimento e agitação e cedo os Trustlove terão a possibilidade de conhecer os novos "vizinhos".
Por seu lado, Marthy, um homem rico e de sucesso, faz uma surpresa a toda a família: à esposa Bea e aos seus três filhos e presenteia-os com umas deliciosas férias neste palacete maravilhoso, que tantos anos antes Bea desejou voltar a ver. O que Marthy não sabe é que, mesmo antes de apresentar esta surpresa à esposa, ela estava a pensar divorciar-se dele. Será que estas férias serão reparadoras o suficiente para juntar os cacos de um casamento baseado em anos de traição e de mentira?
O casal Trustlove acaba por se começar a mover no círculo dos Sale e, com o decorrer da acção, que envolve deliciosos passeios de barco e refeições animadas, todos se começam a redescobrir e a dar a conhecer. A autora guarda grandes segredos que serão desvendados através do misterioso Zach, que a uns tanto encanta e a outros traz desconfiança.

Ginny continua absorta na sua redoma, mas por quanto tempo? Será ela capaz de reconstruir o seu casamento com o tão esforçado Adam? Neste ponto, a autora consegue de facto surpreender, pois a minha linha de pensamento estava numa direcção completamente diferente.

Este romance lê-se bem, de forma tranquila, tal como as águas do Lago Orta. Apesar de não ser uma leitura viciante, confesso que a autora conseguiu levar o enredo a bom porto e congratular o leitor com um final surpreendente e nada prevísivel. No entanto, penso que houve personagens negligenciadas, ao ponto de não fazer muito sentido para mim a sua existência, como por exemplo o filho dos Sale, cuja história pessoal, não sendo desenvolvida, ficou-me na memória pela má disposição e rosto carrancudo do jovem. A irmã de Pippi também não faz grande sentido na história, pois não tem relevência no enredo.

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