À uns anos que não lia nada deste género e daí decidi voltar a este tipo de leitura. Por norma, tende a ser forte, com factos verídicos impressionantes e que nos deixam frustrados e de certa forma zangados por, na actualidade, ainda existirem realidades como as que nos são descritas e ninguém fazer nada de válido para alterar as brutalidades exercidades em milhares de mulheres e a inexistência de direitos humanos para o sexo feminino, em determinados países.
Sultana relata-nos essa angústia, essa frustração de não poder fazer nada e no seu caso, a assistir a este drama diáriamente. O facto de pertencer à realeza poderá aligeirar um pouco as coisas, mas as mulheres não serão mais importantes aos olhos dos homens, por serem princesas. Simplesmente têm mais luxos, mas quando em comparação se fala de dignidade humana, o luxo já não tem o mesmo valor.
Jean Sasson dá a voz a Sultana e é-nos relatada a sua vida, desde a infância até à idade adulta, a par com os valores, a religião e o modo de vida na Arábia Saudita.
Sultana é um espírito rebelde, que nunca cruzará os braços ás atrocidades cometidas no seu país, mesmo sabendo que denunciando esses factos ao mundo, o efeito pouco altera o dia a dia das mulheres sauditas.
Mesmo tendo tido sorte casando com um jovem do seu agrado e tendo tido filhos que pôde educar, Sultana unca foi uma mulher submissa ou amedrontada pelo poder dos homens. Ela foi sempre uma lutadora, mesmo quando o seu castigo poderia ser a pena de morte (nomeadamente quando descreve que a família descobriu que tinha escrito este livro de memórias, contando tudo sobre a sua vida e a realeza saudita).
Penso que o livro peca pelo excessivo volume. A certa altura, não havendo grande desenvolvimento pois trata-se do relato de factos reais, a leitura começa a parecer-nos repetitiva, assim como o ponto de vista de Sultana. Entendo a necessidade de mostrar ao mundo a desigualdade entre os sexos e os crimes cometidos contra as mulheres e muitas vezes desculpados com o argumento do Profeta e do Corão, no entanto no fim já estava um pouco saturada.
Além disso o livro divide-se em três momentos distintos, sendo que por exemplo no segundo são referidos momentos do primeiro, pelo que dá quase a sensação que seriam três livros distintos, aglomerados em apenas um. E ler "três livros" seguidos, deste género literário, não é fácil.
Recomendo esta leitura, de preferência intercalando com outras temáticas.
Jean Sasson dá a voz a Sultana e é-nos relatada a sua vida, desde a infância até à idade adulta, a par com os valores, a religião e o modo de vida na Arábia Saudita.
Sultana é um espírito rebelde, que nunca cruzará os braços ás atrocidades cometidas no seu país, mesmo sabendo que denunciando esses factos ao mundo, o efeito pouco altera o dia a dia das mulheres sauditas.
Mesmo tendo tido sorte casando com um jovem do seu agrado e tendo tido filhos que pôde educar, Sultana unca foi uma mulher submissa ou amedrontada pelo poder dos homens. Ela foi sempre uma lutadora, mesmo quando o seu castigo poderia ser a pena de morte (nomeadamente quando descreve que a família descobriu que tinha escrito este livro de memórias, contando tudo sobre a sua vida e a realeza saudita).
Penso que o livro peca pelo excessivo volume. A certa altura, não havendo grande desenvolvimento pois trata-se do relato de factos reais, a leitura começa a parecer-nos repetitiva, assim como o ponto de vista de Sultana. Entendo a necessidade de mostrar ao mundo a desigualdade entre os sexos e os crimes cometidos contra as mulheres e muitas vezes desculpados com o argumento do Profeta e do Corão, no entanto no fim já estava um pouco saturada.
Além disso o livro divide-se em três momentos distintos, sendo que por exemplo no segundo são referidos momentos do primeiro, pelo que dá quase a sensação que seriam três livros distintos, aglomerados em apenas um. E ler "três livros" seguidos, deste género literário, não é fácil.
Recomendo esta leitura, de preferência intercalando com outras temáticas.
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