Comecei esta leitura com grande
expectativa. Apesar de ter gostado, esperava mais. Não consegui deixar de me
ressentir com Frederik, por ter preferido refugiar-se e não encarar os
problemas. Por se ter escondido uma vida inteira, para chegar ao fim e perceber
que se tivesse enfrentado os problemas, eles ter-se-iam resolvido e podia ter
aproveitado a vida de uma outra forma. Era inevitável, Frederik chegar ao fim e
ficar com a sensação que poderia ter tido “outra vida”. No presente, ele
precisa de abrir um buraco no gelo, todos os dias, e sentir a água gelada no
corpo, para se sentir vivo.
Vivendo numa ilha onde a única visita que
receber é a do carteiro, Frederik fica desconcertado quando vê uma idosa de
andarilho a dirigir-se para sua casa. Tem consciência que depois desta visita,
nada mais será igual.
Todo o livro é uma viagem ao
passado, às pessoas que dele fazem parte e à resolução dos seus problemas.
Muita coisa irá acontecer. Uma
viagem, uma filha, uma morte, o reencontro consigo próprio.
É o primeiro livro que leio de Henning
Mankell e gostei da sua escrita. Inteligente, com vida própria e que nos faz
pensar na nossa própria essência.
Por vezes penitenciamo-nos por um
erro que cometemos e deveríamos seguir em frente. Frederik não foi capaz de
lidar com as consequências dramáticas do seu erro e tornou-se num eremita. Mas
a partir do momento em que Harriet, uma paixão do passado, lhe aparece à
frente, tudo o que ficou para trás será vivido novamente.
Gostei da razão do título do
livro e achei bastante interessante a escolha do autor. Durante a leitura,
descobrimos o porquê do título Sapatos Italianos, que à primeira vista não tem
nada a ver com o que escrevi. Nem tudo será desvendado e por isso leia o livro.
Será uma agradável viagem.
Isso parece mesmo bom!
ResponderEliminarO titulo deste livro ... tenho que o ler! (: Gosto de titulos assim (:
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ResponderEliminarLeiam, não deixa de ser interessante!!