Fumo Azul é um pouco diferente dos livros de Nora Roberts. Vão sendo relatados vários acontecimentos ao longo de uma década, que à partida nada teriam em comum, mas que o leitor vai perceber que não será bem assim.
Renna é uma menina quando na escola Joey, um colega, tenta agarrá-la e rasga-lhe a roupa. Quando o pai de Renna confronta a família do jovem, está longe de imaginar a guerra que acaba de comprar.
O incêndio do restaurante italiano da família é apenas o início de uma vingança que passará de pai para filho e que vai acompanhar a vida Renna, ainda que ela só o descubra mais tarde.
A jovem é marcada pelo incêndio e o seu futuro é traçado pelo mesmo: torna-se na agente Hale, polícia de investigação na área de incêndios, tendo o fascínio pelo fogo desencadeado a vontade de analisar, descobrir, apurar…tudo o que tenha a ver com o fogo.
Quando começa a receber telefonemas anónimos e a ligar uma série de acontecimentos, Renna não demora a descobrir que tem sido vigiada à mais de uma década e que é alvo de uma vingança calculada e temível.
Claro que Nora Roberts vai dando uns pozinhos de romance e mostra-nos ainda o lado forte e carinhoso da família de Renna: os pais, donos do restaurante Sirico’s, e os irmãos protagonizam também eles histórias engraçadas. A parte romântica do livro também está bem conseguida. Bo é sem dúvida um homem persistente e quando lerem o livro vão perceber porquê. Afinal, não é todos os dias que se encontra a Rapariga de Sonho.
Mas é sem dúvida a parte criminal e de investigação que domina este livro e que eu tanto apreciei. Ensina-nos muita coisa, faz-nos ter uma visão de um lado que para mim era desconhecido e adorei ver todo o esforço e sacrifício de Renna para ser uma das melhores e estar à altura, numa profissão tendencialmente masculina.
Mais uma vez Nora Roberts brilhou e não desiludiu. Recomendadíssimo!
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