Antes de iniciar esta leitura, fiquei bastante curiosa com a sinopse. Verão-Hungria-morte
da mãe- álbum de recortes que Beth nunca tinha visto - foram o suficiente para
despertar o bichinho.
O livro oscila entre o presente e o passado. Beth trabalha numa galeria de
arte e só vê o pai quando o vai visitar. Quando recebe um telefonema do pai a
dizer que a quer visitar, Beth está longe de imaginar que a caixa de pandora está prestes a ser
aberta. Tudo o que ela tentou recalcar, relacionado com a sua infância na
Hungria e inevitavelmente com Marika, virá, dolorosamente, ao de cima.
Inicialmente a história tinha todos os ingredientes para me agradar, mas
ainda assim, não o fez. O facto de ser muito centrada no passado não ajudou
muito. A pouca evolução de cada Verão na Hungria fez-me desanimar. Sim, havia
um segredo, havia memórias deliciosas de outra cultura, da infância, de
momentos marcantes… mas por qualquer razão, não me convenceu.
Beth é filha de David e de Marika. Sendo ela oriunda da Hungria, juntos
visitam este país e Marika decide ficar. Não regressa com o marido e com a filha
e será por esse motivo que Beth irá começar a passar as férias junto da mãe. É
dessa forma que ambas se irão conhecer verdadeiramente e Beth, ainda uma
menina, passa o ano inteiro a desejar as suas férias de verão na Hungria.
Quando Beth, no presente, se predispõe a rever o passado, abrindo o albúm
de fotografias, o leitor é presenteado com a história desses momentos, com um
lago fresco, um sol insolente, um primeiro beijo, um céu cheio de vida…momentos
que Beth julgou ter apagado para sempre.
No Verão dos seus dezasseis anos, Beth decidiu que quer ficar a viver na
Hungria, com Marika e Zoltán, companheiro da mãe, e com Támas, o seu primeiro
amor. Mas um segredo revelado irá afastá-la para sempre desse país que tanto a apaixonou.
Resumindo, esta é a viagem de Beth ao seu passado, à sua infância, à sua
Marika. Uma viagem dolorosa, com lágrimas e risos, com caminhos tortuosos, com
tréguas e reencontros, com palavras que ficaram por dizer…porque por vezes, é
demasiado tarde.
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